Eu costumo dizer que óleo vegetal é um cosmético por si só. Extraídos de sementes, frutos, caules e folhas, eles tem as propriedades das plantas em um veículo oleoso, de boa absorção e que tanto podem ser usados sozinhos, diretamente na pele, quanto servir para fórmulas cosméticas aliadas a outros ingredientes, e até como carreadores de óleos essenciais. Não à toa eles são co-protagonistas na aromaterapia e da rotina de beleza natural.
Mitos
Mas o hábito de usar óleo vegetal diretamente na pele ainda carrega muitos mitos, infelizmente. Há quem acredite, por exemplo, que óleo não hidrata, ou que pode obstruir os poros e causar acne. Tudo culpa da grande indústria, que desenvolveu óleos cujas fórmulas não são puras, contendo derivados de petróleo e fragrâncias artificiais. Assim, de fato, fica quase impossível desfrutar dos benefícios cosméticos deles, além de serem prejudiciais a saúde e ao meio ambiente. Aqui nesse post falamos dos malefícios dos óleos pseudo-naturais e da importância de optar sempre pelos 100% naturais.
Óleos no skin care
Mas é fato que eles podem, sim, ser ótimos aliados no skin care – seja no rosto, no corpo ou até cabelos…ou encorporados a receitas de beleza DIY, como óleos faciais rejuvenescedores e hidratantes corporais.
Óleo vegetal, no geral, nutre e confere mais resistência a pele, já que cada eles contém vitaminas e antioxidantes. Mas cada tipo tem suas características próprias, seja em textura – o que impacta na escolha pelo tipo de pele – e até em benefícios específicos. Um óleo vegetal não vai entupir os poros da pele oleosa, mas por uma questão estratégica para aproveitar o melhor de cada um, o ideal neste caso, por exemplo, seria optar por um de absorção mais leve, como jojoba ou semente de uva, aos mais densos, como abacate e rosa mosqueta, e até mesmo o coco, que tem um alto nível como comedogênico. Já os de rápida absorção, são ótimos para manuseios de massagens corporais. Há um mundo de funções entre óleos e skin care.
Conheça mais sobre oito tipos de óleos vegetais incríveis para a pele
Semente de uva // O alto teor de vitamina E faz dele um ótimo antioxidante que ajuda na manutenção e regeneração do tecido cutâneo; já o ácido linoleico, um ácido graxo com propriedades anti-inflamatórias, é bem importante na cicatrização de feridas – atua bem, inclusive, em caso de estrias. Tem absorção das mais rápidas e, por isso, é sempre bem recomendado em tratamentos estéticos.
Jojoba // Feito a partir de sementes de jojoba, ele é um dos que se dão bem com todos os tipos de pele. Mas, por ser conhecido pela ótima absorção, ele é o queridinho das mistas e oleosas. Cheio de ácidos graxos e vitamina E, ele até ajuda a equilibrar a produção de sebo. É um tipo incrível para praticar o oil cleansing.
Abacate // Ele é denso, pesado e, de fato, mais adaptado à pele seca e madura. Mas não o veja como pouco aliado do rejuvenescimento. Por ser rico em vitaminas E, A, B1, B2, C e D ele atua na produção de colágeno e ajuda a melhorar a elasticidade da pele. Se a ideia é hidratar o corpo seco (com tendências a estrias) ou criar receitas hidratantes, ele é o ideal. Também é interessante para umectação capilar em cabelos crespos e cacheados.
Óleo de semente de uva: rápida absorção e atuação na elasticidade cutânea (Foto: aNaturalíssima)
Amêndoas // Riquíssima em Vitamina E e B, ácidos graxos, proteínas e minerais, não é à toa que a indústria cosmética ama esse óleo. É um excelente emoliente, que garante extrema maciez em qualquer tipo de pele, além de melhorar a sua flexibilidade, elasticidade e combater irritações.
Rosa Mosqueta // Ele habita o imaginário das entusiastas do slow beauty e tem fama de atuar em manchas solares e nas rugas e linhas de expressão. Tudo por que tem vitamina A e C em grande concentração. É um óleo leve, mas não recomendado para peles com tendência a acne. Uma ideia para quem tem esse tipo de pele usar, é associado (em duas proporções iguais) a outro mais levinho, como o jojoba ou semente de uva.
Sinergia de gergelim com aloe vera, Amêndoas e Rosa Mosqueta
Girassol // Antioxidante, ele tem até fama de ser ótimo para dar resistência à pele sob o sol – embora não possa ser chamado de protetor, não é isso. É que ele é ótimo para suavizar peles que tem tendência a vermelhidão e irritação. Uma de suas vantagens é que, além de acessível, ele praticamente não tem aroma e é bem leve, com uma absorção ótima. É bacana para aplicação do rosto ao corpo.
Coco // Popular na gastronomia, na cosmética seus benefícios não ficam devendo: ele rico em Vitamina E e ácidos graxos; sendo um deles o ácido láurico, com uma capacidade altíssima antimicrobiana. Estudos também tem comprovado o quanto ele atua como um anti-inflamatório, sendo eficaz em dermatites e manifestações de pele, como a queratose-pilar. É mesmo um poderoso antioxidante natural para a pele. A questão é que o óleo de coco é quatro na escala (de zero a cinco) de ingredientes comedogênicos. Ou seja, em excesso, pode entupir poros e ser um tanto pesado para peles com tendências a cravinhos. Aqui neste vídeo contamos como usá-lo do dedinho do pé à cabeça.
Gergelim // Um óleo extremamente nutritivo e, por isso, tão conhecido em massagens corporais e em tratamentos terapêuticos, como os do Ayurveda. Ele possui, entre tantos nutrientes, vitaminas A, B, C e E e alto teor de ácidos graxos insaturados (como ácido oléico e linoléico, os polares omega 9 e 6). Esse time todo faz dele uma ótima fonte de antioxidante. Vai bem em todos os tipos de pele.
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Compre consciente.
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