Quanto tempo você tem passado em frente a tela do computador por causa do trabalho? E do celular para se conectar com amigos e família? Ainda tira um tempinho para ler e se distrair no tablet? Já era uma prática comum da vida moderna manter os olhos vidrados nos aparelhos eletrônicos – por lazer ou trabalho -, mas é fato que o confinamento fruto da pandemia nos deixou ainda mais íntimos das telas. Vejam só: o uso da internet no Brasil aumentou entre 40% e 50%, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
E o que isso tem a ver com skin care? Quanto mais tempo você passa se expondo à famosa luz azul, mais a sua pele pode estar envelhecendo precocemente.
Essa tal luz azul, também chamada de luz visível ou artificial, são as luzes emitidas por LED, as lâmpadas fluorecentes das telas do computador, celular e televisão.Composta por ondas curtas, os efeitos dela na pele é parecido com o UVA, radiação também curta quando comparada com o UVB, ambas tendo fonte o sol. Elas atuam tanto no processo de pigmentação (bronzeamento) da pele quanto no de hiperpigmentação, isto é, nas manchas.
Luz azul: como os eletrônicos colaboram para o envelhecimento precoce
Segundo a dermatologista Katleen Conceição, membro do Skin of color Society-USA, elas atuam tanto no processo de pigmentação (bronzeamento) da pele quanto no de hiperpigmentação. Isto é, nas manchas. “A curto prazo a exposição a este tipo de luz influencia no aparecimento de melasma e melanoses solares, e na piora de cicatrizes pós-procedimentos estéticos”, afirma.
Destaco um estudo do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, inclusive
A luz dos eletrônicos podem piorar quadros de manchas (Foto: aNaturalíssima)
, revelou que combinada à radiação UVA, a luz visível artificial (as de LED, tudo o que tem tela) aumenta a produção de lipofuscina, conhecido como o pigmento do envelhecimento, pela pele.
A médica Patricia Silveira, especializada em dermatologia natural, traduz que tal estímulo de células ligadas à produção de radicais livres acelera o processo de envelhecimento por alguns gatilhos. “Há uma relação com morte celular, processos inflamatórios e estresse oxidativo”, afirma, completando que “quanto mais velha é a pessoa, mais produção de radicais livres e moléculas reativas a oxigênio ela produz e, ao mesmo tempo, menor é a capacidade de reparo do DNA dessas células quando são alterados”, diz.
Luz azul\artificial causa câncer de pele?
Em tempos de confinamento e home office em massa, passamos mais tempo em frente aos aparelhos eletrônicos do que antes, eles se tornam ainda mais nocivos do que o sol quando o assunto é estética – até porque o sol tem o bônus de fornecer bem-estar, vitamina D, entre outras vantagens para a saúde física e mental. Mas como os efeitos da luz azul\visível artificial é muito semelehante ao UVA e, por isso, são constantemente comparados, é importante destacar que a diferente é que o UVA são os raios solares ligados ao câncer de pele. A luz azul, segundo as especialistas, não.
“A luz dos aparelhos eletrônicos de fato aumenta a melatogênese, a produção de melanina pela pele. Mas, diferente do UVA, do sol, não causa alterações cancerígenas”, afirma Patricia Silveira.
Como proteger a pele da luz azul dos eletrônicos
É indicação comum entre dermatologistas convencionais apontarem como principal fonte de prevenção o uso de protetores solar com cor, que protegem contra a luz visível, UVB E UVA, mesmo em ambientes internos – o que vale do escritório ao home office. “Importante também é reaplicá-lo a cada quatro horas”, lembra Katleen. Para o uso de filtros físicos ou sem cor, vale aplicar uma camada de pó ou base.
Mas na seara da beleza natural sabemos que a rotina muda um tanto, mesmo quando é proteção. Na proteção solar consciente (livre de ingredientes químicos, como a benzofenona ), bases, bbcreams e até pó podem entrar no time de proteção à luz visível artificial, já que elas criam uma barreira física. Patricia Silveira lembra que uso da maquiagem como parte do time de proteção solar precisa partir de fórmulas naturais, seguras e testadas dermatologicamente, com fps comprovado – caso das marcas de produtos naturais certificado. A médica lembra que muitas fórmulas contém argila, reforçando a barreira física. “Vale combinar com um protetor físico”, diz.
Aplicativos para ajustar a luz azul
E vale também ajustar a tela do celular. Como? Na própria de áreas de configurações é possível regular. Muitos tem um botão de ajustar a luz azul. Ou você pode aderir a aplicativos que ajudam nesta função, como o o Twilight e Night Shift.
No mais, importante mesmo é refletir: quantas horas você tem passado utilizando aparelhos eletrônicos? Detox digital faz bem pra saúde mental e para a pele, não se esqueçam!
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