São muitos os motivos para interromper o uso dos anti-transpirantes na rotina de cuidados pessoais. Aliás, este é um dos maiores desafios de quem inicia uma jornada pela beleza consciente. O medo de não funcionar, a frustração de perceber que não vai durar 24 horas, o susto de compreender que “uau, como eu transpiro”, entre outros receios. Mas a motivações são ainda mais desafiadoras: os anti-transpirantes, como o próprio nome diz, bloqueiam a transpiração, que é uma função tão importante do nosso corpo relacionada à eliminação de toxinas.
Além disso, é um tipo de formulação que costuma utilizar uma série de ingredientes considerados suspeitos de atuarem como disruptores endócrionos, além do impacto ambiental. Confira alguns mais comuns nos anti-transpirantes e desodorantes convencionais.
“Anatomia de um anti-transpirante”
🔎Alumínio (cloridrato de alumínio) – Bloqueia a transpiração e, logo, a liberação de toxinas; alvo de pesquisas que o associam ao desenvolvimento de câncer de mama – embora não exista ainda nenhuma conclusão definitiva. Por outro lado estudos mostram que o excesso deste pode influenciar na de desequilíbrio hormonal…Também é alvo de pesquisas que o associam ao desenvolvimento de câncer de mama, mas não há nenhuma conclusão definitiva.
🔎 Triclosan – Agente antibacteriano e conservante, é classificado como alergênico pela União Europeia e nos EUA foi proibido em 2016 por estar envolvido no aumento de bactérias resistentes a antibióticos. O triclosan tem sido suspeito de ser bioacumutativo e ter efeitos deletérios ao ecossistema.
🔎BHT(Hidroxitolueno butilado) e BHA ((hidroxianisol butilado) – Ambos são usados na indústria cosmética e de higiene pessoal com a função principal de agir como conservantes, inibindo a proliferação de microorganismos. O BHT (Hidroxitolueno butilado) é um antioxidante sintético eque atua como conservante e, em geral, substitui os parabenos em cosméticos ditos “parabens –free” (cuidado, isso não quer dizer natural e seguro!). Então muitas marcas convencionais estão trocando os parabenos pelo BHT e EDTA associados nas fórmulas em concentração baixa (0,01-0,05%).
Apesar de ser classificado como pouco carcinogênico e de baixa absorção, a quantidade acima é suficiente para causar alergia de contato na pele, irritação ocular, irritação pulmonar, alteração do sistema imunológico. Já o BHA, outro antioxidante sintético e conservante, é mais comum em alimentos (aditivo alimentar) e em remédios. Em cosméticos é raro, mas vale ficar de olho em: batons e perfumes. É mais tóxico e carcinogênico que o BHT, sendo ainda classificado como bioacumulativo. Atua como disruptor hormonal.
🔎PEGs (Polyethylene Glycol, Polietilenoglicol) – O maior risco é que eles são facilmente absorvidos pela pele e podem estar contaminados com impurezas, como o 1,4-dioxane, suspeito de atuar do desequilíbrio do organismo humano.
🔎 Fragrâncias sintéticas – O termo “parfum” representa uma mistura de vários compostos químicos com aroma, entre outros ingredientes, usados como dispersantes de fragrâncias. Simplesmente não sabemos o que tem nesta mistura – é uma espécie de segredo de indústria. Elas costumam ter um alto grau de toxicidade, sendo associadas a alergias e dermatites. Dentro da tabela de análise de formulas do site EWG (que fornece informações sobre ingredientes nos cosméticos), perfume tem um nível alto de toxicidade. E não à toa: misturas de fragrâncias têm sido associadas a alergias, dermatites, problemas respiratórios e desequilíbrio no sistema reprodutivo.
Leitura complementar //Para refletir e entender a lógica dos anti-transpirantes para além dos ingredientes suspeitos, recomendo também nosso artigo “Precisamos falar de suor, cheiro, cê-cê e outros mitos”
〰️ Este é um conteúdo independente da plataforma a Naturalíssima. Com informações de: Environmental Working Group (EWG); FDA; limpp.com.vc e #listatoxicadabeleza (posts no destaque “ingredientes” e na aba de guias também), entre outros.
Comments