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Microbiota da pele e cosméticos pré e pró-bióticos

Falar que a nossa pele é o maior órgão do corpo (sim, é, com uma área de 1,8m2) tornou-se lugar comum quando o assunto é skin care. Mas ignoramos – até agora – o fato de que ela também é um complexo ecossistema. Cerca de um trilhão de microorganismos nos habitam por meio dela: mais de 1000 diferentes espécies de bactérias e cerca de 80 espécies diferentes de fungos, além de arquéias, vírus e ácaros. Mais da metade do nosso organismo é na verdade constituído de células microbianas, e isso não é uma coisa ruim. Muito pelo contrário. A presença deles é essencial à nossa saúde pois atuam como uma barreira de proteção.  No dia a dia, porém, nossa microbiota fica exposta diretamente a influências externas (algumas nem mesmo é uma questão de escolha) que podem levar a um desequilíbrio. Pense em pH, umidade, oleosidade, temperatura, exposição à radiação UV, poluição, idade e até estresse… “Todos esses fatores podem causar danos, levando à distúrbios na homeostase da barreira cutânea e da microbiota, causando alergias de pele e o desenvolvimento de várias outras afecções como acne, dermatite atópica, eczema, rosácea e até mesmo o envelhecimento precoce”, explica a farmacêutica e PhD em Microbiologia Michele C Pereira e Silva, fundadora da Laviz, marca nacional de  cosméticos pré e pró-bioticos.

“Já se sabia os benefícios dos probióticos por via oral e cada vez mais tem se estudado esse conceito para outras doenças, inclusive doença de pele, seja oral ou cutânea. Temos utilizado  muito na relação com acne, inclusive”, explica a Luiza Archer, dermatologista.

“Essa microbiota participa de funções importantes da pele. São bactérias do bem que inibem até mesmo as patogênicas, que causam doenças. Isso é bem importante para a imunidade”, completa a médica.

E nem é preciso um um estilo de vida indisciplinado para ter a microbiota desregulada. Luiza lembra que até lavar a pele excessivamente (duas vezes ao dia é uma média recomendada para o rosto, no caso do corpo, idem), mania de tanta gente, também pode ocasionar um desequilíbrio. “Em excesso a limpeza pode causar  um estresse inflamatório, que está ligado ao estresse oxidativo, produção de radicais livres… E isso pode sim repercutir a quadro de acne, de piora de rosácea e outras inflamações de outros sistemas”, completa a dermatologista, lembrando que sabonetes antissépticos devem ser evitados.

Microbiota x desenvolvimento de acne

No caso da acne, a formação depende de uma série de fatores ( alimentação,  excesso na produção de sebo, inflamações….), mas também sofre influência da colonização por Propionibacterium acnes (atualmente denominada Cutibacterium acnes).

Pesquisas recentes também têm mostrado que cremes com probióticos podem auxiliar o tratamento da acne. Em uma delas  foi demonstrado que probióticos inibem diretamente C. acnes, um tipo que todos nó[os temos, principalmente nas áreas mais oleosas.

Em torno da rosácea, há sempre um mistério. “A etiologia exata da rosácea ainda é desconhecida, mas hoje, considera-se importante a participação de um ácaro da microbiota normal da pele chamado de Demodex folliculorum, e da bactéria Bacillus oleronius, que colonizam esse fungo e aqueles com rosácea apresentam um desequilíbrio na densidade de Demodex, um aumento de até seis vezes quando comparados com as pessoas da mesma idade sem rosácea, explica a microbiologista Michele. Mas algumas pesquisas também tem associado o uso de pré e probióticos, pois acalmam a inflamação da pele e mantendo-a hidratada.

Cosméticos pré e pró-bióticos para o equilíbrio da microbiota da pele

A microbiota cutânea nunca foi tão alvo de pesquisas. A conclusão delas vem para dar um salto no mercado de cosméticos que une ciência, inovação e estética: os cosméticos pré e probióticos, que equilibram e protegem esse ecossistema que nos habita.

Os probióticos, por definição, são microrganismos vivos que quando ingeridos em determinadas quantidades trazem benefícios para a nossa saúde. Mundo afora, o termo  “Probiotic Skincare” tem sido alvo de marcas que usam tais ingredientes em suas formulações. “Já os prebióticossão como fertilizantes da nossa microbiota. Podem ser fibras não digeríveis encontrada em frutas, vegetais e legumes. Os mais comuns são inulina, oligosacarídeos”, esclarece Michele.

“Em cosméticos ainda não se tem uma legislação e definição certa. Aqui no Brasil não é permitido trabalhar com eles vivos. O que fazemos aqui é criar fórmulas com  ingredientes que conseguem modular a microbiota, reestabelecendo o equilíbrio, ou com partes de bactérias probióticas”, explica ela. Mas os benefícios vão além da hidratação. “Pesquisas recentes demonstraram o potencial de cremes com probióticos em prevenir o envelhecimento precoce da pele, especificamente contendo uma espécie de Lactobacillus”, continua.

Em resumo, cosméticos sintonizados com o conceito pré e probiótico melhoram a função barreira da pele evitando a perda de água, protegem através  do aumento de substâncias antimicrobianas, inibindo a colonização por bactérias ruins e ainda previnem o envelhecimento precoce da nossa pele. Se antes as opções se restringiam a cápsulas manipuladas, agora temos de loções faciais e corporais a águas nutritivas.

*Referências, pesquisas e estudos em links pelo texto.

Imagens: aNaturalíssima Conteúdo editorial aNaturalíssima com Laviz Cosméticos. Patrocinado.

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